LEMOS EM CASA

Ariadnis de Josh Martin (TopSeller)

por Mariana Silva, 10.º A

Numa das minhas muitas visitas à FNAC, deparei-me com um livro de distinto título, “Ariadnis”. Esta obra destacava-se incontestavelmente nas estantes, fazendo com que todos os livros que a rodeavam parecessem, de alguma forma, desinteressantes. A capa é, indubitavelmente, uma das mais bonitas que já vi em toda a minha vida, sendo a principal razão da enorme curiosidade que sentia de ler “Ariadnis”.

Neste caso, podem, de facto, julgar o livro pela capa, pois tal como a capa é deslumbrante, o que encontramos no seu interior é primoroso e agradável, sobretudo pelo mundo futurístico e fantástico que é descrito ao longo da obra e que me prendeu a atenção mal iniciei as 1.ªas linhas.

O Universo concebido por Josh Martin é baseado no que resta da Terra e da civilização humana após um cataclismo que dizimou praticamente toda a vida existente. Uma pequena comunidade de sobreviventes acaba por alcançar abrigo numa verdejante e paradisíaca ilha. O fosso cultural entre os sobreviventes é gigantesco, pois nem a calamidade que sofreram permite a ultrapassagem destas divergências. Assim, foram criadas duas cidades Metis, dedicada à Natureza (pois ensina que, após a fatalidade, o ser humano deve viver da forma mais ecológica possível) e Athenas, cidade semelhante às cidades humanas antes do cataclismo. Estas cidades são rivais, lutando pela sua supremacia sobre a ilha. As díspares cidades são separadas por Ariadnis, uma terra divina.

Transtornado pelo conflito, o ser divino de Ariadnis decreta que em cada uma das cidades nascerá um escolhido. Ao longo do tempo, são escolhidos bebés/recém-nascidos, que representam a sua cidade, dotados de poderes especiais. Os dois Escolhidos irão confrontar-se no dia do seu décimo oitavo aniversário, num desafio mortal e misterioso que irá decidir qual o povo mais digno de habitar a ilha. Aula e Joomia são as Escolhidas e resta-lhes um ano até ao dia do grande confronto. As duas adolescentes suportam um penoso fardo que preferiam que não tivesse, nunca, recaído sobre elas.

O livro é narrado na primeira pessoa o que permite ao leitor nutrir empatia e amizade pelas personagens, conseguindo entender os seus pensamentos e sentimentos mais íntimos.

Não posso dizer outra coisa além de “Adorei!”. Página após página, devorei este livro em horas, sem qualquer interrupção. Foi o enredo rebuscado e a apresentação dos dois pontos de vista das Escolhidas que me prenderam por completo ao livro. Na verdade, este romance, no início, tende a ser um pouco confuso, porém, após entrarmos no Universo onde se desenrola, passa a fazer muito mais sentido e conseguimos ler e entender mais espontaneamente. Porém e por vezes, tive a sensação que o autor podia ter desenvolvido mais certos aspetos da ação, de forma a explorar mais certas situações que podiam ter-se tornado acontecimentos deveras interessantes de apresentar ao leitor.

Não tenho uma escolhida preferida, pois juntas as protagonistas formam uma dupla que nos conquista num abrir e fechar de olhos. Todas as personagens são cativantes e o leitor vê-se embrenhado/inserido numa genial intriga, da qual não se consegue libertar. Todas as personagens apresentam uma magnífica densidade psicológica e a sua evolução comportamental ao longo da obra é admirável. Ao terminar esta leitura, dei por mim a querer mais deste extraordinário mundo e das suas esplêndidas personagens.

Josh Martin estreia-se com um livro original e primoroso, que apresenta um mundo e personagens memoráveis. Fãs de coleções como “The Hunger Games” e “Divergente” irão, de certeza, gostar desta história tão facilmente como eu gostei!

Recomendo este livro a todos, pois é um livro bastante rebuscado, agradável, que desperta a curiosidade de saber qual será o próximo desafio que as Escolhidas terão de enfrentar e com um ritmo narrativo que prende e cativa o leitor. 

O final é surpreendente, mostrando como as pessoas, mesmo com as suas divergências, são capazes de reconhecer o bem maior e ajudar-se mutuamente, o que elevou ao máximo o meu interesse em saber o que se segue no próximo livro, intitulado “Anassa”.

Novidades de dia 9 de junho

O gato que roubava corações / Melinda Metz ; trad. Jorge Pereirinha Pires. – 1.ª ed. – Lisboa : Planeta, 2020. – 287 p
82E-3-MET (ESACD) – 17427

MacGyver, o gato, sabe que a sua humana se sente sozinha. Consegue farejar isso. É o mesmo odor que notou no vizinho David, um jovem e elegante pasteleiro que está farto de que os amigos lhe arranjem encontros.

Mas agora MacGyver irá tratar do assunto.

Primeiro, rouba qualquer coisa a David e esconde-a em casa de Jamie. Depois, rouba qualquer coisa a Jamie e deixa-a em casa de David… Um livro narrado na perspetiva do gato. O leitor irá apaixonar-se por MacGyver e pela sua forma criativa para fazer os humanos felizes.

Recomeçar / Mona Kasten ; trad. Maria das Mercês Peixoto. – 1.ª ed. – Barcarena : Presença, 2020. – 357 p. – (Again ; 1)
82E-3-KAS (ESACD) – 17428

Começar de novo – é este o desejo mais profundo de Allie Harper quando parte para Woodshill, no Oregon, para frequentar a universidade e esquecer os fantasmas do passado. Ultrapassada a fase complicada de arranjar um lugar para viver, ela encontra um apartamento que a satisfaz, mas que – o que não estava nos seus planos – terá de ser partilhado com Kaden White, um bad boy tatuado, sensual e arrogante, seu colega universitário.

Kaden começa logo por lhe impor uma lista de regras, entre as quais: nós os dois não iremos envolver-nos seja em que circunstâncias for. Ou Allie aceita essas regras ou terá de sair! Para ela, tudo isso parece simples. Quem iria envolver-se com uma pessoa intratável como Kaden? Mas à medida que ela o vai conhecendo, vai-se apercebendo de que, por detrás da rude fachada de Kaden, este esconde segredos amargos.

E, para os dois jovens, torna-se cada vez mais difícil ignorar a forte atração que surge entre ambos. Entretanto, as regras começam a esbater-se…

P. S. eu amo-te / Cecelia Ahern ; trad. Inês Guerreiro. – 1.ª ed. – Lisboa : Suma de letras, 2020. – 453 p
82E-3-AHE (ESACD) – 17426

Uma história de amor eterna e inesquecível que conquistou milhões de leitores.

Algumas pessoas esperam a vida inteira para encontrar a sua alma gémea, mas não é o caso de Holly e Gerry. Conheceram-se quando eram estudantes mas sentem que se conhecem desde sempre; foram feitos um para o outro. Cada um termina as frases do outro e, mesmo quando discutem, fazem-no a rir. Ninguém os pode imaginar separados.

Desejos tornados realidade / Nora Roberts ; trad. Fátima Tomás da Silva. – 1.ª ed. – Espanha : HarperCollins, 2020. – 510 p. – Contém: Tentação – 1987 – pág. 9 a 160; Sonhos tornados realidade- 1984 – pág. 161 a 288p.; Atração sem limites– 1985 – pág. 289 a 510p.
82E-3-ROB (ESACD) – 17425

Melhor que um romance de Nora Roberts, são tês contos originais, imprevistos e empolgantes!

Neste livro, a autora número um de vendas no The New York Times e «a escritora favorita da América», conforme a descreveu a revista The New Yorker, não dececiona. Em a Desejos tornados realidade, Tentação, e Atração sem limites vai encontrar o melhor de Nora Roberts a triplicar!

A rapariga nova / Daniel Silva ; trad. Filipa Velosa. – Madrid : HarperCollins Ibérica, 2020. – 446 p
82E-3-SIL (ESACD) – 17424

Num elitista colégio particular suíço, o mistério rodeia a identidade de uma rapariga de cabelo preto que chega todas as manhãs acompanhada por uma escolta digna de um chefe de Estado. Na verdade, o seu pai é Khalidbin Mohammed, o difamado príncipe herdeiro da Arábia Saudita.

E quando a sua única filha é sequestrada, recorre ao único homem capaz de a encontrar antes que seja tarde demais. O que está feito, não pode ser desfeito… Gabriel Allon, o lendário chefe dos serviços secretos israelitas considera Khalidum colaborador valioso, mas do qual não se fia, na guerra contra o terror.

O príncipe comprometeu-se a quebrar o vínculo estreito que une a Arábia Saudita com o Islamismo radical. Juntos vão arquitetar uma aliança precária numa guerra secreta pelo controlo do Médio Oriente. Ambos os homens têm numerosos inimigos. E ambos têm tudo a perder. Do autor mais vendido do The New York Times, chega-nos um magnífico thriller novo de engano, traição e vingança.

Inveja / Sandra Brown ; trad. Sofia Ribeiro. – 1.ª ed. – Alfragide : Quinta Essência, 2020. – 494 p
82E-3-BRO (ESACD) – 17423

Ele é um escritor talentoso. Será também um assassino?

Arrebatada com o manuscrito que acabou de receber, Maris Matherly-Reed, editora de ficção, tenta entrar em contacto com o seu autor, um homem envolto em mistério. E Parker Evans, em reclusão numa ilha remota é – compreensivelmente – um indivíduo complexo e insondável.

Apesar da garantia de um contrato de edição, o escritor parece relutante em dar continuidade à sua história, precisando do encorajamento constante de Maris. E é assim que a editora vai tendo, capítulo a capítulo, vislumbres de um relato tenebroso: a trágica viagem de três amigos que partem numa excursão noturna de barco da qual regressará apenas uma pessoa…

À medida que o texto vai avançando, porém, Maris não deixa de se perguntar se haverá alguma verdade nas palavras que está a ler. Perturbada também com a crescente atração que sente por Parker, resolve voltar para Nova Iorque e descobrir se, de facto, não passará tudo de ficção… Mas a morte de uma pessoa que lhe é próxima só parece confirmar a presença de um assassino uma pessoa disposta a tudo para conseguir o que quer…

Uma guerra pessoal [registo vídeo] = A private war / real. Matthew Heineman. – Lisboa : Nos Audiovisuais, reg. 2019. – 1 disco óptico DVD (ca 105 min.) : color, son. 12 cm. – Baseado numa história verídica, escrito por Arash Amel. – Idiomas:(5.1 Dolby Digital) inglês. – Legendas: português
733-GUE (ESACD) – DVD559

Durante a sua longa carreira jornalística, a norte-americana Marie Colvin visitou cenários de guerra um pouco por todo o mundo. Foi num destes lugares, mais precisamente no Sri Lanka, que, em 2001 perdeu a visão do olho esquerdo na sequência de ferimentos provocados por estilhaços de uma granada quando fazia a cobertura da guerra civil. Nessa altura, começou a usar uma pala negra que utilizava com orgulho e que se tornou a sua imagem de marca.

Em Fevereiro de 2012, a serviço do jornal britânico “The Sunday Times”, com quem colaborou durante anos, Colvin morreu na sequência de um bombardeamento do exército sírio contra um edifício usado pela imprensa na cidade de Homs. A seu lado estava o fotojornalista francês Rémi Ochlik, de 28 anos, que também foi morto. Nesse mesmo ano, mais de duas dezenas de repórteres faleceram na Síria a tentar mostrar ao mundo a crueldade e as injustiças do conflito. Marie Colvin acreditava que tinha de cobrir as guerras para que ninguém dissesse “eu não sabia”.